Recentemente um colega teve a ideia equivocada de compartilhar em mais um desses mil grupos no whatsapp, que estava se separando. A primeira coisa estranha, que acabou rolando foi um debate super aberto e acalorado. Sim! Eu disse aberto e acalorado, para medir se os motivos do término desse casamento, eram realmente genuínos.
Nesse momento não consegui pensar numa onomatopéia ou emoticon, aquelas carinhas de internet, que conseguissem expressar a mistura da revolta e perplexidade que estavam em mim. Mas, calma! Minha revolta não foi com o fim do relacionamento aqui mencionado e sim com a abordagem invasiva, pouco compreensiva e tampouco carinhosa com a situação do colega.
Foi penoso ver o esforço dele, de tentar mostrar para a multidão inquisidora, que o término tinha cabimento sim, porque que não existia mais amor e que mesmo com os filhos, essa foi a decisão mais acertada.
Quando foi que nos tornamos responsáveis pela ‘legalidade moral’ daqueles que nos cercam? Quando foi que a prestação de contas à sociedade, se tornou mais importante que nossos desejos e sonhos?
O propósito dessa nossa prosa é o de provocar a seguinte reflexão: As coisas que deveriam ser para sempre, são para sempre só porque dizemos que são?
Acredito que nada tem que ser!
E se tudo tem um motivo pra começar, certamente tem um motivo pra terminar, e esse motivo ou esses motivos só concernem àqueles envolvidos em cada situação.
Se em partes somos finitos, o para sempre é o fim em si, e o que realmente importa é o que construímos ao longo de uma jornada. E que cada um cuide da sua própria jornada.