Há pouco mais de 5 anos, comecei a praticar Yôga a pedido da minha mãe. Sempre tive curiosidade, mas o interesse nunca foi suficiente. No início da prática, a absorção do real significado da Yôga não era visível para mim, sempre que iniciávamos a vocalização dos Mantras eu começava a rir, achava a maior bobagem. Mas o tempo foi mestre e me fez enxergar todos os benefícios invisíveis que estavam trazendo não só para o meu corpo, mas para a minha mente. Naquele momento, percebi que havia descoberto minha fonte de equilíbrio, um lugar onde eu pudesse me enxergar mais humana e buscar outras forças para enfrentar as dificuldades e aproveitar mais as vitórias do dia-a-dia.
Todos nós possuímos um lugar onde encontrar essa estabilidade emocional, física e espiritual. Seja pela religião, conversando com Deus, guiando-se pela fé que traz paz nos momentos mais necessários; seja no esporte, se entregando para aquele cansaço físico e logo rendendo-se a um merecido descanso; seja se expressando pela arte, tentando colocar para fora o peso e a leveza do mundo; na vida profissional, pois como se diz “O trabalho enobrece e dignifica o homem” ou inclusive tomando certas posturas de empatia e compaixão, nos colocando no lugar do outro, tentando entender diferentes realidades.
Mas nem sempre conseguimos nos dar conta da necessidade de ter um ponto de equilíbrio, nem sempre enxergamos qual é esse ponto. A vida corre tão rápida que não nos damos conta do quão desequilibrados têm sido nossos dias. Deixamos de parar para refletir se estamos no trabalho correto, no relacionamento correto, com as amizades corretas. Nos esquivamos de ter um relacionamento com nós mesmos de forma correta. Nem sabemos se existe um jeito correto de lidar com a vida.
No vídeo, a monja budista Jetsunma Tenzin Palmo fala sobre felicidade genuína e como a confundimos com prazer momentâneo, nos impedindo de enxergar o que nos deixa em equilíbrio
Nós nunca sabemos de imeditado qual atividade, crença ou hábitos nos deixam em sintonia com o mundo ao nosso redor e com nosso próprio ser, mas é necessário realizar essa busca e entender quais as nossas reais necessidades, para que esse ponto de equilíbrio se revele. Ao longo do caminho podem surgir várias falsas estabilidades, mas você precisa ter paciência para continuar seu caminho, pois quando você menos esperar, vai se perceber em harmonia no seu trabalho, vida pessoal, com o seu corpo, com seus relacionamentos. Se encontrará em um lugar distante de tudo o que você imaginou que pudesse alcançar, acreditará mais em si mesmo e nos objetivos que será capaz de realizar.
Mas é sempre importante lembrar que além de aceitar o seu, é essencial respeitar o “ponto de equilíbrio” das pessoas ao nosso redor. Afinal de contas, o que te faz feliz, não é o que faz as outras pessoas felizes. Mas antes, precisamos nos descobrir, para descobrir o outro.
2 Comentários
Equilíbrio. Você falou da sua mãe e eu vou falar da minha: foi ela quem me ensinou – usando outras palavras, que equilíbrio é crucial nessa vida. Desde que absorvi esse ensinamento, busco trazê-lo para todos os aspectos da minha vida.
É interessante que saibamos que tudo demanda tempo e que isso não é um problema! Somos um mundo muito imediatista – cada dia mais, talvez – e às vezes demoramos a achar caminhos… A variação do tempo também faz parte do equilíbrio da vida 🙂
ps: vou começar Yoga em breve!
“A variação do tempo também faz parte do equilíbrio da vida” Perfeita colocação Lari. É preciso dar tempo ao tempo, esperar nossas ações fazerem efeito.
Fico feliz que vá começar a praticar Yôga, é algo que não consigo mais desvincular da minha vida. Estou voltando agora, mas pretendo voltar a viver a Yôga no meu dia-a-dia, absorver a ideia de estilo de vida, mesmo.
Espero que tu consigas tantos benefícios quanto eu consegui ou mais 🙂