Há um tempo queria escrever sobre isso, e ainda tenho muito receio por ser algo já muito batido e repetitivo. Mas sempre tento repensar as várias visões sobre um determinado assunto, não só facilitando a minha escrita, mas a minha forma de pensar.
Nunca antes a frase “VOCÊ É O QUE VOCÊ COMPARTILHA” tinha feito tanto sentido.
Um amigo, “sem intenções maldosas”, compartilhou em um grupo de whatsapp um vídeo de um casal transando dentro de um banheiro público. Vídeo esse, gravado de forma amadora e “às escondidas”.
Não consegui conter minha opinião e logo escrevi:
“Cara…. Ok, galera não tem noção de fazer isso em local público.
Mas realmente precisa ficar gravando e jogando na internet?
Realmente precisa ser mais um propagador desse tipo de coisa, que só difama a imagem alheia e torna cansativa a existência da internet?
Isso serve pra qualquer um de nós. Não curto propagação desse tipo de coisa”
Não é de hoje que chegam até mim fotos, vídeos e áudios com informações desnecessárias e nada agregadoras. Também não é de hoje que as pessoas começam a se perguntar o porquê de tanta informações sem conteúdo nas redes sociais.
Mas vamos pelo ideia básica: As mídias sociais são uma forma de facilitar as interações sociais no meio virtual. O diferencial das redes sociais é que elas possibilitam um compartilhamento bem maior de informações que em vias naturais e acabam aglutinando informações que não possuem nenhum fim informativo de fato. E há quem se engane que está ileso de certos julgamentos ou formações de opinião, apenas por estar se comunicando em meio virtual, sem o “olhos no olhos”. E agora vamos à uma comparação mais simples ainda: qual a diferença entre compartilhar um áudio no whatsapp com conteúdo particular de uma fofoca na “vida real”? Ou qual a diferença entre compartilhar um texto de cunho preconceituoso e incitar palavras de ódio para um colega de trabalho?
Não estou querendo pregar etiqueta para redes sociais, longe de mim, que nem sou especialista em mídias sociais. Mas precisamos repensar alguns conceitos, não é só por que a internet é considerada terra sem dono que temos o direito de sair espalhando conteúdo ao nosso bel prazer, por acharmos que aquela informação não fará mal a ninguém. Precisamos rever quem realmente somos/queremos ser e se nossas atitudes estão de acordo com isso. Palavras são apenas palavras, ações ditam quem você é de verdade.
Outro dia um amigo especialista em Marketing me fez a seguinte pergunta: Você quer ser tudo o que você é ou só parte de você? Imediatamente respondi “Tudo.” Mas logo em seguida me peguei pensando “Eu não preciso expor tudo o que eu sou para todos verem”. Tanto pela forma como o publico interpreta, quanto pelo público que vai ter contato com o conteúdo compartilhado, haja visto que o Facebook tem lá seus algoritmos para restringir um determinado tipo de conteúdo a um determinado perfil do usuário.
Você é o que você compartilha, sim, pois tudo o que você faz na internet, é um reflexo da pessoa que você é na “realidade”. Não faz sentido compartilharmos informações que não representam quem realmente somos e o que pensamos. Avalie e se autocritique. Vale a pena, acredite em mim
Quem você quer mostrar? Tudo, inclusive o que não é real? Ou apenas o essencial?