Muitas coisas da nossa infância só entendemos depois de algumas experiências que passamos em nossa vida. É engraçado pensar que muito do que acabamos por colher na idade adulta é plantado quando ainda estamos tentando entender o que é o mundo, como o compreedemos e qual a importância de tudo a nossa volta. Nessa época nossos olhos brilham com uma clareza, uma alegria, e acima de tudo uma esperança por responder as perguntas, que quando somos adultos parecem ser triviais.
Durante muito tempo gostamos de dizer que a “vida aconteceu” e acabamos por “entender” realmente o que temos que fazer e que ser adulto é tudo isso aí. Estudar para ter um bom emprego, para poder comprar as coisas que “queremos” e também pra ter condições de encontrar alguém, se apaixonar por alguém, ter filhos com esse alguém e daí por diante começar tudo de novo na vida dos filhos. E é nesse ponto que chegamos, o que realmente iremos passar pra quem vem em seguida? Os sonhos que abandonamos ou a conformidade que abraçamos?
Pra quem escolheu a conformidade, pode parecer bem maluco estar ao lado de alguém que resolveu voltar a ser criança, sonhar como uma criança e de repente recuperar um pouco daquele brilho perdido no olhar. Mas na verdade, digam caros leitores, qual é o legado real, ou que vocês tem alguma lembrança, que foi deixado por alguém que escolheu a conformidade? Nada contra a escolha de ninguém, pois também é importante entender que viver de maneira mais “tranquila” pode ter sido realmente o sonho de alguém.
Mas, e aí? O que realmente você quer deixar? Os sonhos que abandonamos ou a conformidade que abraçamos?